Marcelo Zanini – Collezione Sguardo

Minha visita ao ateliê de Marcelo Zanini traz a inesperada surpresa de conhecer um artista de sólida atuação e com vinte anos na pintura, e a mim, até então, incógnito. Tendo escolhido o expressionismo abstrato como caminho em suas experimentações, ele as realiza com excepcional qualidade e maestria. Médico de profissão, e cirurgião da face de renome, Zanini logrou construir em sua arte um caminho assaz próprio, a plataforma que sustenta uma pintura vibrante e harmônica. Começo assim advertindo que o abstracionismo é muitas vezes a escolha aparentemente mais cômoda, mas também a que termina por devorar as esperanças de êxito àqueles que por ele se aventuram em primeira viagem. Há um longo caminho até chegar-se a bons resultados nessa seara, ou pelo menos muitas tentativas e decepções. O abstracionismo é mais complexo do que se pensa, pois, desprovido de forma prontamente identificável, e pretendendo o afã de transmitir emoções ao espectador, poucas vezes o faz tão exitosamente como o figurativismo, capaz de docilmente, pela confissão explícita da forma, despertar o olhar do contemplativo espectador.

Zanini encontrou a habilidade de proferir um discurso estético útil, sobretudo impactante ao primeiro olhar, e construído com ferramentas limitadas entre suporte, emplastres, pincel e espátula. Talvez pela precisão cirúrgica a que está afeito em sua lida diária, o artista imprime em seus trabalhos semelhante acuidade, como se manejasse um bisturi sobre a grande tela, ainda que se trate o fazer artístico de uma livre explosão de emoções, diferentemente – devo imaginar – do que possa acontecer no ambiente da intervenção cirúrgica. A característica primeira que observo na pintura de Zanini é a capacidade de expressar a vastidão no conteúdo da imagem; seus trabalhos transmitem uma ideia de grande espaço livre, de liberdade até, em que se acomodam massas de tintas superpostas em equilíbrio através de uma gestual particular do artista.  E são cores firmes, muito próximas do espectro primário, e são de tons claros, sedutoras ao olhar, e em muito diferem daquelas tão usuais, de matizes gris, por vezes a portarem um discurso engajado e incômodo. Existe uma estranha organização no trabalho de Zanini, talvez uma emoção controlada, o que em minha opinião o diferencia de outros artistas. Seria aqui o artista-médico atuando? Mas não se enganem os espectadores do experimentado pintor Zanini: como sói aos artistas que encontraram a maturidade, ele não esconde o sofrimento no decurso da criação, essa pertinaz autocrítica que o induz à necessidade de desconstruir o que foi construído, e de ainda retomar o delicado restauro do conjunto num concerto equilibrado. Só então cumpre-se a obra.

Marcelo Zanini, através da Galeria Gravura, apresenta ao público seu trabalho sob o título expositivo Collezione Sguardo.

Paulo C. Amaral

Da Academia Brasileira de Belas Artes, RJ

Primavera de MMXXII

Gravura Galeria de Arte inaugura duas novas exposições A Gravura Galeria de Arte, inaugura, no dia 10 de novembro, duas novas exposições que integram o projeto Portas para a Arte da 13ª Bienal do Mercosul. O artista Marcelo Zanini estreia na galeria com COLLEZIONE SGUARDO.

Marcelo Zanini é médico especializado em cirurgia facial, e, há 20 anos, pratica a pintura. Ele utiliza a técnica de tinta acrílica sobre tela, possibilitando a aplicação de múltiplas camadas com diferentes texturas de superfícies, resultando em pinturas abstratas coloridas e de traços fortes. Marcelo já participou de exposições no banco Unicred, Shopping Bourbon Country, leilões no Instituto Ling e na mostra CasaCor Porto Alegre.

“Sguardo”, em italiano, significa olhar. A exposição COLLEZIONE SGUARDO é uma representação do olhar artístico de Zanini. “É muito estimulante e prazeroso fazer arte, mas envolve sofrimento até a conclusão. É uma situação muito caótica, decidir quando parar. A pintura, muitas vezes, parece assumir vida própria, controlar a própria construção. Mas surgem combinações e parece que tomo de alguma maneira a rédea novamente. É um sentimento de franca disputa de poder, domínio sobre o abstrato. Uma sensação de controle e descontrole perceber que todos os problemas apresentados são meios para soluções. A criatividade demanda coragem. Eu tenho a percepção de estar inserindo vida sem anexar associações figurativas, formas conceituais ou temas. Representando o passado, o presente e, talvez, o futuro de quem sou. A pintura me encara dizendo que existo, estou vivo”. – Reflete o artista.

As exposições COLEZZIONE SGUARDO  e  O QUE NOS CERCA?  ocuparão, respectivamente, as Sala Branca e a Sala Negra da galeria. Ambas ficam disponíveis para visitação até o dia 5 de dezembro.

SERVIÇO:

Exposições COLLEZIONE SGUARDO  de Marcelo Zanini e O QUE NOS CERCA? de Rosali Plentz.

Abertura: 10 de novembro das 18h30 às 20h30

Visitação: 10 de novembro a 05 de dezembro de 2022, das 9h30 às 18h30 de segunda a sexta, e das 9h30 às 13h30 aos sábados.

Local: Gravura Galeria de Arte (Rua Corte Real, 647 – Petrópolis)

Fones: (51) 3333-1946, (51) 99718-9258 (whatsapp) e (51) 99666-3972.

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Fotografia: Lisa Roos

Rosali Plentz – O que nos cerca?

O QUE NOS CERCA?

EXPOSIÇÃO DE ROSALI PLENTZ

“A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível ”

Leonardo da Vinci

O processo de construção do conhecimento se dá de forma articulada entre o que se vive/sente e o que é pensado/simbolizado a partir da vivência/experiência. Assim o artista vivencia, apreende suas percepções e as traduz através de imagens e da arte.

Ao se deslocar pela cidade e contemplar a vista das janelas, a artista Rosali Plentz observa a presença de redes, grades, muros, janelas e ruas. São fragmentos da cidade que promovem sua percepção de território e pertencimento. Ao observar o gradeamento das cidades, o sentimento de clausura e a necessidade de separação entre o público e o privado, frutos da insegurança presente nas grandes cidades, provoca na artista a necessidade de incorporação da sua visão particular à sua produção artística.

As obras desta exposição “ O que nos cerca?”, compõe um inventário urbano a partir da paisagem através da pintura e do desenho, fortemente marcados pela sobreposição de planos e linhas, achatamento da perspectiva, que  evidenciam os contrastes e a constante mutação da cidade e do seu fazer artístico.

Sua pesquisa estética é destacada pela modulação, pela construção geométrica e muitas vezes pela repetição da forma e do gesto. O que fica evidente é a fragmentação, onde cada parte é importante para a formação do todo. Para a elaboração de seus trabalhos, a artista fotografa ou produz desenhos rápidos da paisagem urbana, como uma forma de internalizar as imagens. Este material é abandonado para não induzir à produção de imagens figurativas. Então, deixa sua mente fluir em busca do que ficou registrado na memória. Do gesto inicial sobre o papel, Plentz desenha as primeiras estruturas para a construção das suas imagens, e posteriormente migra para outras técnicas, com o intuito de potencializar ao máximo as formas de apresentação do seu trabalho, como a pintura. Das camadas mais aguadas até a sua saturação, entremeadas pela linha e alguns elementos da gravura. Para uma melhor compreensão da construção da imagem, a artista recorre a fotografia digital onde explora seus efeitos para possíveis transposições em suas pinturas, permitindo uma melhor afinação na conclusão do seu trabalho.

“O que nos cerca?” revela, não somente as questões presentes nos grandes centros urbanos, mas uma incansável produção artística que se preocupa em esgarçar as possibilidades da pintura e do desenho, onde novos arranjos surgem e novas formas de se reinventar emergem do compromisso de Plentz com a arte.

Letícia Lau

Gravura Galeria de Arte inaugura duas novas exposições

A Gravura Galeria de Arte, inaugura, no dia 10 de novembro, duas novas exposições que integram o projeto Portas para a Arte da 13ª Bienal do Mercosul, uma delas é a de Rosali Plentz – O QUE NOS CERCA?

Em mais de 40 anos de carreira, Rosali Plentz já promoveu 15 exposições individuais, tendo recebido indicação ao Prêmio Açorianos em 2008 por sua mostra Desenhos. Além disso, fez diversos cursos de especialização em áreas como desenho, pintura, gravura, história da arte, cerâmica, design, design gráfico e estampas. Reside e mantém atelier em Porto Alegre, onde participa de exposições e projetos artísticos.

Sua principal inspiração é a paisagem Urbana, com sua linearidade, seus contrastes e sua constante mutação, Atualmente o emaranhado urbano é a linha de partida para suas obras. Foi essa referência que deu origem à exposição O QUE NOS CERCA? Ao se deslocar pela cidade e contemplar a vista das janelas, a artista observou a presença de redes, grades, muros, janelas e ruas. Ao perceber o gradeamento das cidades, o sentimento de clausura e a necessidade de separação entre o público e o privado, frutos da insegurança presente nas grandes cidades, a artista sentiu a necessidade de incorporar sua visão particular sobre o tema à sua produção artística.

Para a elaboração das obras da coletânea, ela fotografa ou produz desenhos rápidos da paisagem urbana, como uma forma de internalizar as imagens. Este material, então, é abandonado para não induzir à produção de imagens figurativas. Ela deixa sua mente fluir em busca do que ficou registrado na memória. Plentz desenha as primeiras estruturas para a construção das suas imagens, e posteriormente migra para outras técnicas, com o intuito de potencializar ao máximo as formas de apresentação do seu trabalho, como a pintura, a fotografia digital e alguns elementos da gravura.

“O QUE NOS CERCA?” revela, não somente as questões presentes nos grandes centros urbanos, mas uma incansável produção artística que se preocupa em esgarçar as possibilidades da pintura e do desenho, onde novos arranjos surgem e novas formas de se reinventar emergem do compromisso de Plentz com a arte.

As exposições COLEZZIONE SGUARDO  e  O QUE NOS CERCA?  ocuparão, respectivamente, as Sala Branca e a Sala Negra da galeria. Ambas ficam disponíveis para visitação até o dia 5 de dezembro.

SERVIÇO:

Exposições COLEZZIONE SGUARDO  de Marcelo Zanini e O QUE NOS CERCA? de Rosali Plentz.

Abertura: 10 de novembro das 18h30 às 20h30

Visitação: 10 de novembro a 05 de dezembro de 2022, das 9h30 às 18h30 de segunda a sexta, e das 9h30 às 13h30 aos sábados.

Local: Gravura Galeria de Arte (Rua Corte Real, 647 – Petrópolis)

Fones: (51) 3333-1946, (51) 99718-9258 (whatsapp) e (51) 99666-3972.

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Fotografia: Nilton Santolin e Lisa Roos

Miniarte – Magia

MINIARTE MAGIA traz a Porto Alegre 192 artistas de 12 países

CLARA PECHANSKY irá ocupar os espaços da Gravura Galeria a partir de 8 de outubro de 2022. A Sala Negra vai expor a edição 43 – MINIARTE MAGIA – do tradicional projeto coordenado pela artista, enquanto a Sala Branca vai mostrar obras inéditas na individual RELATOS, RETALHOS E PROFECIAS, que tem apresentação da escritora Cíntia Moscovich. No Piso Dois, a nova Sala Clara Pechansky estará aberta ao público de forma permanente.

O Projeto Miniarte Internacional foi criado por CLARA PECHANSKY em 2003, e a 1ª edição ocorreu na Usina do Gasômetro, sob a chancela da Prefeitura Municipal, durante a Semana de Porto Alegre.

O objetivo do Projeto Miniarte é democratizar a Arte, permitindo acesso livre aos artistas (que não são submetidos a qualquer seleção), e mostrando as obras em pequeno formato para um público diversificado. Para 2022, o tema escolhido foi MAGIA, apresentado em técnicas de pintura, desenho, gravura, fotografia, escultura, cerâmica e colagem.

MINIARTE MAGIA traz 192 artistas que representam ARGENTINA, BRASIL, COLÔMBIA, COSTA RICA, CUBA, ESPANHA, EQUADOR, ESTADOS UNIDOS, ÍNDIA, IRÃ, MÉXICO e PORTUGAL.. São 21 Artistas Convidados, 12 Artistas Líderes de Grupo (cada um trazendo consigo mais de 10 artistas), e 33 Artistas Prestígio.

A 43ª edição do PROJETO MINIARTE INTERNACIONAL – MINIARTE MAGIA – abre dia 8 de outubro na Gravura Galeria, com inauguração das 11 às 13h30, coincidindo com a mostra RELATOS, RETALHOS E PROFECIAS, de Clara Pechansky.

Sala Negra: MINIARTE MAGIA – 43ª edição do Projeto Miniarte Internacional – Exposição de 192 artistas de 12 países – de 8 a 29 de outubro de 2022

Fotos: Lisa Roos

Relatos, Retalhos e Profecias – Clara Pechansky

RELATOS, RETALHOS E PROFECIAS

UM NOVO OLHAR SOBRE A TRADIÇÃO

Cíntia Moscovich: Nesta que é sua primeira exposição com temática judaica, Clarita relembra as origens de sua família materna e paterna. Em 19 desenhos nos quais a música se faz presente, em que predominam a expressividade dos traços, a exuberância da cor e a graça das colagens, Clarita festeja suas origens e o fato de pertencer a uma das 10 gerações de descendentes abençoados pelo rabi Levi Itzhak — ela pertence à sexta geração. Com suavidade, com cor, com brilho, mas também com amor pelas lembranças e com fé na bênção recebida: aqui está Relatos, Retalhos e Profecias e nossa Clara Pechansky em sua melhor forma a nos abençoar com vida e com beleza.

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A REPRESENTAÇÃO BEM HUMORADA DA TRADIÇÃO

Uma forma bem humorada de traduzir o judaismo

Clara Pechansky: Das lojas do meu pai e do meu avô, ficou a lembrança do papel de embrulho onde eu desenhava. Dos retalhos de seda e de brocado, e dos botões que me fascinavam, recolhi a matéria para esta exposição.

Cresci ouvindo histórias sobre o Rabino de Berdichev, meu antepassado. Os relatos se mesclam com a cantoria da noite de Pessach, com o Profeta Elias para quem eu abria a porta da casa, com o Rei David e sua música, com minhas próprias fantasias infantis, com as fábulas da Bíblia e com as lendas da família.

O resultado é uma exposição em que retalhos e relatos se aproximam de profecias, num tempo que não existe, mas que perdura dentro de mim.

Minhas raízes se situam na região da cidade histórica de Berdichev, no norte da Ucrânia. Lá viveu e compôs canções o Rabino Levi Itzhak (1740 – 1809), que era uma espécie de santo, e que benzeu as 10 gerações posteriores a ele. Pertenço à 6ª geração bendita pelo Rabino de Berdichev, e portanto minhas próximas gerações também estão abençoadas.

Da Ucrânia imigraram meus avós paternos e maternos, meu pai e minha mâe. Ao produzir esta exposição, movida pela situação que a Ucrânia está vivendo, senti necessidade de localizar a cidade de Korets, onde nasceu em 1840 e viveu até 1934 meu ancestral Jukah Scaletzky, bem como as cidades de Lipovets, Novokontantinov e Voronovitza. Todas estes pequenos povoados (shtetls) de onde a família é originária orbitam a província de Zhitomyr, na região de Kiev.

Os amuletos contra o mau olhado, como a hamsa, o olho grego, a estrela de David, estão presentes na maioria das obras, mas a ambientação é brasileira, com nossa floresta e nossas cidades, numa maneira muito pessoal de representar as tradições judaicas.

Para criar estes desenhos, usei nanquim, lápis de cor, pastel, tecido e tinta acrílica, em técnicas combinadas de pintura, desenho a traço e colagem.

É uma exposição que evoca o passado mas que prevê o futuro, como fazia o Rabino. Uma forma bem humorada de festejar a vida, as mulheres e a tradição. ______________________________________________________

CLARA PECHANSKY se diplomou Bacharel em Pintura aos 19 anos, com Medalha de Ouro, pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL, 1956). Começou sua carreira profissional em Porto Alegre em 1957, trabalhando para jornais e agências de publicidade. Produziu mais de 100 capas de livros e ilustrações para diversos fins. Licenciada em Desenho e História da Arte, e especializada em Educação Audiovisual pela UFRGS, fundou o Atelier Clara Pechansky em 2001, onde orienta grupos de Desenho e Pintura. Trabalha em diferentes técnicas, como Desenho, Gravura em Metal, Litografia e Pintura. Realizou 75 exposições individuais em galerias e museus da Alemanha, Brasil, Bélgica, Colômbia, Espanha, Estados Unidos. Holanda, México e Portugal. Selecionada e convidada para mais de 200 exposições coletivas, premiada e homenageada em muitos países, atua também como Gestora Social e Cultural no Brasil e América Latina. Criou em 2003 o Projeto Miniarte Internacional, que depois de 45 edições já percorreu 5 continentes. Em 2018, criou o Projeto Fiesta de Paz Brasil, que está em sua 5ª edição. Homenageada em 2022 pela Gravura Galeria de Arte com a Sala Clara Pechansky.

Websites www.pechansky.com.br/  e  www.miniartex.org.

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Cintia Moscovich é escritora, jornalista e mestre em Teoria Literária, com especialização na área de oficinas de criação literária. Autora de oito livros individuais, tem publicações nos Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, Portugal, Itália, França, Argentina e Uruguai. Recebeu os prêmios Açorianos (Secretaria Municipal da Cultura), Jabuti (Câmara Brasileira do Livro), Portugal Telecom e Clarice Lispector, da Fundação Biblioteca Nacional. Foi patrona da 62ª Feira do Livro de Porto Alegre. Escreve uma coluna semanal no jornal Zero Hora.

Sala Branca: RELATOS, RETALHOS E PROFECIAS – Exposição Invidivual de desenhos – apresentação de Cíntia Moscovich – de 8 a 29 de outubro de 2022

Piso Dois: SALA CLARA PECHANSKY – Exposição permanente de pintura, desenho, gravura e publicações da artista.

Fotos: Lisa Ross

Para Lembrar – Bernadete Conte

Olhar sensível sobre imagens do Holocausto

No dia 1º de setembro, quinta-feira, às 17h30, ocorre na Gravura Galeria de Arte, a abertura da exposição “PARA LEMBRAR”, de Bernardete Conte, psicanalista, com Especialização em Poéticas Visuais, pela Feevale (2008), Mestre em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2012) e escultora.

A exposição tem como tema as Imagens do Holocausto. A artista utiliza o mito da Medusa para explicar o seu processo poético, de transformar a realidade inimaginável dos campos em algo possível de ser visto e, através deste olhar, criar um Saber e assim, poder guardar na memória, algo já simbolizado através de um novo significante.

Diz a artista: quando não suportamos ver os horrores da realidade, pois são fonte de impotência  que nos paralisam com um terror ofuscante, temos de criar uma estratégia.  Fazer o mesmo que Perseu, que cortou a cabeça da Medusa usando um escudo polido. Criar uma Imagem para vê-la de outro ângulo. O “escudo polido” que eu usei para enfrentar esse rosto mortal da fábrica da morte, veio para possibilitar o processo poético. Uma reconstrução das Imagens do Real, para que o espectador corte a cabeça do horror inimaginável, para poder acolher e incorporar o acontecimento no seu Saber e, assim, simbolizar.

A mostra conta com três séries: a primeira apresenta vinte e quatro fotos de homens mulheres e crianças com seus dados verdadeiros, tais como nome, cidade, país e ano de nascimento. “São imagens em branco, evanescidas, metaforizando tanto a neblina do tempo, como o desaparecimento que não lhes deu nem sepultura, nem a Shivah, o ritual judaico da morte”, explica a artista.

A segunda série conta com gravuras digitais, com imagens de pessoas à espera dos trens para seu fatal destino. Apresenta, também, trabalhos feitos com objetos encontrados nos campos como passaportes e papéis com receitas.

 A última série consiste em telas com ferrugens, onde foram inseridas fotos reconstruídas, para falar de um tempo onde a humanidade ardeu.

A exposição ocupará as duas salas da Galeria Gravura e ficará aberta para visitação até o dia 1º de outubro, de segundas as sextas das 9:30 às 18:30 e aos sábados das 9:30 às 13:30.

SERVIÇO:

Exposição Para Lembrar

Abertura: 1º de setembro das 17h30 às 20h30

Visitação: 1º de setembro a 1º de outubro, das 9h30 às 18h30 de segunda a sexta, e das 9h30 ás 13h30 aos sábados.

Local: Gravura Galeria de Arte (Rua Corte Real, 647 – Petrópolis)

Fones: (51) 3333-1946, (51) 99718-9258 (whatsapp) e (51) 99666-3972.

Site: www.gravuragaleria.com.br

Fotografia: Lisa Roos

COSMOPOLITAS: Conexões Criativas

A mostra apresenta obras de artistas contemporâneos, que de formas e cores categóricas expõe novos, ou já existentes universos, mas que precisam ser revisitados, por estarem inseridos num mundo repleto de mudanças tão marcantes, onde as diversas culturas se encontram. O propósito dessa exposição é abrir portas para o mercado de arte e incentivar carreiras artísticas. A exposição não tem um tema específico e promove a diversidade plástica, pois é importante conectar as pessoas e os lugares como um todo, encorajando os diferentes olhares.

O que é a arte, se não o constante movimento de renovação da liberdade? Nesta exposição, algumas obras foram desenvolvidas com técnicas alternativas de impressão, materiais orgânicos e de descarte, tais como as colagens, o que traz para a mostra um grau de sustentabilidade que agrega valor as criações. A cada gesto realizado sobre o suporte, uma nova perspectiva envolve as obras de arte, que vão do desenho à pintura, essas, acolhem a escultura, cuja forma escolhida nos leva a pensar profundamente sobre o papel da arte. As técnicas foram desenvolvidas pelos artistas a partir de suas experiências artísticas e de vida, levando para o espaço compartilhado a expressão de seus trabalhos individuais, onde os olhares se encontram, revelando conexões criativas.

Artistas: Amanda Becker, Daniela Magalhães, Eduardo Braun, Fabiane Machado, Giovanni Sperandio, Júlio César Herbstrith, Laís Odeli, Martin Flores, Martina Berger, Prisciani May, Régis Bondan e Rodrigo Schiffner

Cristina Moralles Barbieri – Curadora

Agradecimentos: Júlio César Herbstrith / Fabiane Machado

SERVIÇO:

Exposição COSMOPOLITAS: Conexões Criativas

Abertura: 16 de agosto de 2022, das 18h30 às 20h30.

Visitação: até 17 de setembro. De segunda a sexta, das 9h30 às 18h30. Sábados, das 9h30 às 13h30.

Endereço: Rua Corte Real, 647 – Porto Alegre, RS

A mente, o corpo e a arte – Mariza Fischer

A Gravura Galeria de Arte, abriu, no dia 4 de agosto, duas novas exposições, uma delas é da Mariza Fischer que apresenta, na sala negra, a exposição A mente, o corpo e a arte.

Mariza é psiquiatra de formação, mas diz que a arte sempre fez parte de sua vida. Começou a desenhar com 12 anos de idade e posteriormente aprendeu a esculpir. Sua paixão sempre foi representar a figura humana através de obras estilizadas.

A exposição A mente, o corpo e a arte conta com cerca de 15 obras, relevos escultóricos que apresentam uma composição da figura humana com formas geométricas. As criações são produzidas em terracota, cerâmica, resina e bronze.

A visitação ficará aberta até o dia 27 de agosto de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30 e aos sábados, das 9h30 às 13h30.

Exposições Paisagens Inquietas de Marcelo Spalaor e A mente, o corpo e a arte de Mariza Fischer

Visitação: 04 a 27 de agosto de 2022, das 9h30 às 18h30 de segunda a sexta, e das 9h30 ás 13h30 aos sábados.

Local: Gravura Galeria de Arte (Rua Corte Real, 647 – Petrópolis)

Fones: (51) 3333-1946, (51) 99718-9258 (whatsapp) e (51) 99666-3972.

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Fotografia: Nilton Santolin

Paisagens Inquietas – Marcelo Spolaor

A Gravura Galeria de Arte, abriu, no dia 4 de agosto, duas novas exposições, uma delas é a do artista Marcelo Spolaor que exibe, na sala branca, sua coletânea Paisagens Inquietas e Mariza Fischer apresenta, na sala negra, a exposição A mente, o corpo e a arte.

Marcelo é arquiteto de formação e começou se expressar artisticamente através do desenho depois de aposentado. O desenhista, que se diz um autodidata, vê no seu trabalho uma forma de se manifestar sobre questões políticas e ambientais.

A exposição Paisagens Inquietas tem como tema a destruição da natureza, que, segundo o artista, vem sendo maltratada pelo ser humano, que não contribui para a sua recuperação. As obras representam a tentativa lenta da natureza de se recuperar sozinha e superar o mal que vem sendo feito a ela.

A mostra consiste em 14 desenhos em papel utilizando lápis de cor, lápis grafite, pastel a óleo e lápis dermatográfico.

A visitação ficará aberta até o dia 27 de agosto de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30 e aos sábados, das 9h30 às 13h30.

Exposições Paisagens Inquietas de Marcelo Spalaor

Visitação: 04 a 27 de agosto de 2022, das 9h30 às 18h30 de segunda a sexta, e das 9h30 ás 13h30 aos sábados.

Local: Gravura Galeria de Arte (Rua Corte Real, 647 – Petrópolis)

Fones: (51) 3333-1946, (51) 99718-9258 (whatsapp) e (51) 99666-3972.

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Fotografia: Nilton Santolin

POA 250

Gravura Galeria de Arte realiza exposição coletiva em homenagem aos 250 anos de Porto Alegre

A cidade em que um artista reside sempre se torna fonte de inspiração para suas obras. E isso não é diferente com Porto Alegre, com suas construções clássicas e lindo pôr-do-sol.  Pensando nisso, a Gravura Galeria de Arte convidou 22 artistas para uma exposição em homenagem aos 250 anos da capital gaúcha.

A abertura da mostra ocorre no dia 5 de julho, terça-feira, às 18h30. A exposição pode ser visitada até 30 de julho na Gravura Galeria de Arte, na Rua Corte Real, 647.

A exposição POA250 apresenta obras com diferentes técnicas: pintura, gravura, técnica mista, desenho, escultura e fotografia. Porto Alegre pode ser vista nos trabalhos dos artistas através da suas paisagens urbanas, flores, pessoas, cores, arquitetura e o emblemático pôr-do-sol do Guaíba.

Artistas participantes: Andreia Moll, Benno Pferscher, Biba Mattos, Caco Zanchi, Denise Giacomoni, Esther Bianco, Inês Benetti, Juliana Lavoura, Kika Herrmann, Leda Zimmermann, Marcelo Spolaor, Maria Inês Rodrigues, Marion Lunke, Mirian Garcia, Rita Gil, Rodrigo Corrêa, Sandra Kravetz, Silvia Azevedo, Stella Copstein, Susana Luft, Vânia Kwitko, Velcy Soutier e Vera Jany.

Serviço:

Exposição POA250

Abertura: 5 de julho de 2022, às 18h30

Visitação: até 30 de julho de 2022; segunda a sexta das 9h30 às 18h30; Sábados, das 9h30 às 13h30.

Endereço: Rua Corte Real, 647 – Porto Alegre, RS

www.gravuragaleria.com.br | gravura@gravuragaleria.com.br | @gravuragaleria

Fone: (51) 3333-1946, (51) 99718-9258 ou (51) 99666-3972

Constelações Estéticas

Gravura Galeria de Arte apresenta exposição Constelações Estéticas em homenagem à Semana de Arte Moderna de 1922

Este é o ano do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, que tinha como objetivo transformar a arte daquele período, trazendo novos horizontes e proporcionando para a arte uma identidade brasileira.  A Gravura Galeria de Arte realiza a exposição Constelações Estéticas com curadoria de Ana Zavadil para homenagear a data.

A mostra conta com produções de 22 artistas, entre pinturas, desenhos sobre telas, objetos e outras linguagens. O objetivo é apresentar um grupo de artistas em trajetória recente na Arte Contemporânea, além de homenagear a Semana de Arte Moderna de 1922. A abertura da exposição será dia 2 de junho, das 18h ás 20h.

Ana Zavadil buscou mesclar artistas de trajetórias reconhecidas com novos que ainda buscam reconhecimento no meio, trazendo nomes do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

“O primeiro passo foi dado, mas para que a cadeia se feche é necessário que estes artistas se dediquem de corpo e alma para que os seus processos criativos sejam intensos e mesclem prática e teoria numa relação intrínseca. A obra de arte contemporânea está para além da materialidade do objeto, ela não existe sem um discurso e nem sem as partes que compõem o sistema de arte”, comenta Ana, que é mestre em História, Teoria e Crítica de Arte pela Universidade Federal de Santa Maria.

Artistas da exposição Constelações Estéticas: Alenir Dalpiaz, Alexandra Eckert, Bebete Luz, Becca Wiskov, Edson Possamai, Erica Senneke, Giovana Hemb, Helena Schwalbe, Ismael Possobon, Joyce Chwartzmann, Karina Koslowski, Kika Costa, Leda Zimmermann, Lisi Wendel, Lu Gaudenzi, Milena Julianno, Myra Gonçalves, Neca Lahm, Simoni Coelho, Susie Prunes, Tânia Cauduro e Tati Garcia. 

SERVIÇO:

Exposição Constelações Estéticas

Abertura: 2 de junho de 2022, das 18h às 20h.

Visitação: até 2 de julho. De segunda a sexta, das 9h30 às 18h30. Sábados, das 9h30 às 13h30.

Endereço: Rua Corte Real, 647 – Porto Alegre, RS