Arquipixels – Maria Eduarda Comas

Gravura Galeria de Arte realiza a abertura da exposição Arquipixels IC/AS, de Maria Eduarda Comas

Coquetel será antecedido por bate-papo com o professor Carlos Eduardo Comas sobre os 15 anos da Fundação Iberê Camargo

No dia 6 de julho, quinta-feira, às 19h, acontece na Gravura Galeria de Arte, a abertura da exposição Arquipixels IC/AS, de Maria Eduarda Comas. Na mostra a artista explora a imagem fotográfica da obra de arquitetura indo além do registro documental e buscando transcender o realismo característico dessa imagem.

Maria Eduarda foi desde cedo influenciada por seus pais a explorar novas fronteiras em busca de memórias ligadas à arquitetura e arte. Formada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, teve seu lado criativo despertado durante sua experiência em agências de publicidade e propaganda gaúchas. Em 2017 ela decidiu transformar seu hobby fotográfico em profissão.

Inspirada por renomados artistas como Piet Mondrian, Andy Warhol e Athos Bulcão, Maria Eduarda utiliza o seu olhar característico ao instrumentalizar a geometria por meio da fotografia, revelando perspectivas inusitadas, tanto no cotidiano, quanto em lugares icônicos ao redor do mundo. Suas obras são um convite para contemplar a elegância e a harmonia presentes nas linhas, cores e formas, proporcionando uma experiência visual envolvente e inspiradora.

A exposição pode ser visitada até o dia 29 de julho, de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e aos sábados, das 9h30 às 13h30.

Bate-papo em homenagem aos 15 anos da Fundação Iberê Camargo.

Antes da abertura, às 18h, será realizado um bate-papo para arquitetos e designers com o Prof. Dr. Arquiteto Carlos Eduardo Comas, em homenagem aos 15 anos da fundação Iberê Camargo, que, desde sua criação inspira as obras de diversos fotógrafos, pintores, escultores e designers. As vagas para o bate-papo são limitadas. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (51) 997189258 ou pelo e-mail gravura@gravuragaleria.com.br.

O encontro será promovido em parceria com a Decor+, associação de empresas especializadas em arquitetura, decoração e design de interiores que proporciona eventos, palestras, cursos e workshops aos profissionais cadastrados.

Serviço:

Arquipixels IC/AS

Abertura: 06 de julho das 19h às 21h

Visitação: Até 29 de julho de 2023, das 9h30 às 18h30 de segunda a sexta, e das 9h30 ás 13h30 aos sábados.

Bate-papo em homenagem aos 15 anos da Fundação Iberê Camargo:

06 de julho de 2023 às 18h com vagas limitadas. Confirmação de presença e inscrições para o bate-papo: 51 997189258 ou gravura@gravuragaleria.com.br

Local: Gravura Galeria de Arte (Rua Corte Real, 647 – Petrópolis) Fones: (51) 3333-1946, (51) 99718-9258 (whatsapp) e (51) 99666-3972.

ARQUIPIXELS IC/AS

Arquitetura e fotografia são amigas desde sempre, como mostram tantas fotos retratando arquiteturas pelo mundo. Fotos de arquitetura combinam registro documental e especulação estética em proporção variada. A imagem realista e única por positivo é a norma, mesmo que da obra de arquitetura se veja apenas um fragmento de exterior ou interior, um detalhe. E posto que o registro documental tem sido a motivação dominante da foto de arquitetura, a interferência do fotógrafo sobre o resultado se minimiza ou dissimula. Independente da foto se destinar à página impressa ou à exposição sobre uma superfície qualquer.

Maria Eduarda não está interessada no registro documental da obra de arquitetura, e sim em uma exploração da imagem fotográfica da obra de arquitetura que transcenda o realismo a partir do realismo característico dessa imagem, da sua reprodutibilidade intrínseca e da naturalidade com que vemos a multiplicação de imagens numa folha de papel. Sua referência primária, pode-se pensar, é a folha de contatos que a digitalização tornou obsoleta. Mas ao invés de trabalhar com uma sequência de imagens diversas, ainda que seriadas, Maria Eduarda trabalha com a multiplicação de cópias que são todas originais, como as contas de um colar. A abundância gratificante tem tanto potencial estético quanto a peça exclusiva.

Não desprovido de conexões com movimentos pop, op, concretista e neoconcretista, o processo começa com uma imagem representativa, mas fragmentária de edifício icônico, e continua com sua desfamiliarização,. A imagem se torna figura e a figura se torna abstrata através da repetição com rotação, translação e/ou reflexão. Acelerado pelos recursos digitais, o processo resulta em composições simétricas de ritmos variados, onde a imagem da obra de arquitetura se torna motivo ornamental, e o céu se transforma em chapada de cor primária, e o contraste de texturas intensifica o irrealismo de conjunto. Junto às chapadas, o olho descobre concavidades, convexidades e estrias emprestando profundidade à superfície do papel ou tela. Pixelada, a superfície vira campo de jogo estimulante, subtraído materialmente do fluxo de elétrons do real. Sem narrativa: não edifica, não pontifica, não mistifica, não mitifica. Mas exercita os sentidos e tonifica o cérebro. Celebrando de quebra neste caso o Iberê e o Siza, que bem o merecem.

Professor Doutor Arquiteto Carlos Eduardo Comas

Fotografia: Lisa Roos

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