Moni Fischer e Rosali Plentz

Gravura Galeria de Arte apresenta duas exposições simultâneas de Moni Fischer e Rosali Plentz

A Gravura Galeria de Arte recebe no dia 12 de maio duas exposições: “Na Busca do Desigual”, de Moni Fischer e “O Olhar Invisível” de Rosali Plentz. Nas mostras, ambas partem de trabalhos fotográficos sobre a desigualdade com intervenções artísticas. A vernissage simultânea inaugura o novo espaço da Galeria, a Sala Nova, que receberá as obras de Rosali Plentz. Para compor seu trabalho partindo da fotografia, Rosali capturou momentos e transformou a imagem banal, reconhecida em qualquer parte do mundo, numa imagem não visível, com sobreposições de desenhos e texturas.

Segundo Ana Zavadi, Curadora Adjunta da Bienal do Mercosul, na obra de Rosali Plentz, “A linha que está presente em toda a série de trabalhos é mutante e significativa, pois é a essência da poética de Plentz. A fotografia é usada como pré-texto para as construções e ao hibridizá-la com o desenho surgem novas aberturas para continuar a investigação até chegar ao desenho puro. O uso do preto e branco contrasta com algumas cores sutis e geram tessituras para o olhar.”

A artista Moni Fischer relata por meio das obras com técnica mista, aquarelado e acrílica, as emoções através do repetido, do igual, tornando um momento único e desigual. Seu trabalho estará exposto na Sala Negra.

“Nesta exposição, relato as emoções através do repetido, do igual. Da dor através da injustiça com a obra “Banho”, que retrata o local onde judeus deixavam seus sapatos antes de seu “banho”, que na verdade seria a câmera de gás que os levaria à morte no campo de concentração Auschwitz-Birkenau, na Polônia. Da esperança de fiéis em frente à Igreja Nosso Senhor do Bonfim, na Bahia, com as fitinhas na obra “Esperança”. Da leveza através de uma flor na obra “Simplicidade”. Do amor tão desejado com broches cravados no peito com nome do seu amado na obra Romeu. O ser humano precisa abrir os olhos e voltar a olhar no olho, não através de foto, de rede social. Sentir a mão de seu filho, o abraço do amigo, colocar o pé na areia. Viver cada minuto, sendo único e desigual.” Conclui Moni Fischer.

O resultado deste trabalho poderá ser conferido na Gravura Galeria de Arte, na rua Corte Real, 647 na abertura da exposição no dia 12 de maio às 20h.

Rosali Plentz
Em 1979, graduou-se em Licenciatura Plena em Educação Artística pela Universidade de Caxias do Sul, RS. Cursos de aperfeiçoamento teórico e prático com professores como Carlos Fajardo, Jailton Moreira, Charles Watson, entre outros. Participa de exposições coletivas e salões desde 1977 na “Arte” e “Geografias da criação- Arte, Moda e Design” em 2014.
Moni Fischer
Em 2012, levou suas obras para exposição em Berlim, Alemanha. Em 2014, retornou a Berlim, trazendo na bagagem técnicas diferenciadas. Seus quadros estão expostos em locais públicos incluindo UFCSPA- Universidade Federal de Ciência da Saúde de Porto Alegre, Sociedade Aliança de Novo Hamburgo, Sede da AMO – Associação Assistência ao Menor em Oncologia.

Serviço:
O que: Abertura das Exposições: “O Olhar Invisível” e “Na Busca do Desigual”
Onde: Gravura Galeria de Arte – Rua Corte Real, 647
Abertura: 12 de maio às 20h.

 

 

“Palimpsexto” de Iara Zippin e Tita Macedo

Gravura Galeria de Arte apresenta a exposição “Palimpsexto” de Iara Zippin e Tita Macedo

Do Grego, a expressão palimpsesto é tudo aquilo que se raspa para escrever, criar de novo; é uma técnica desenvolvida na Idade Média, em função do alto custo do pergaminho. Nos dias atuais, esta técnica seria dispensável pelo uso das modernas tecnologias e apego aos registros criados. Para essa mostra, as artistas plásticas Iara Zippin e Tita Macedo trabalham juntas criando a partir de uma pintura, novas composições. Lou Borghetti coordena a mostra das alunas de seu atelier.

Segundo o Artista Plástico e Membro da Academia Brasileira de Belas Artes do Rio de Janeiro, Paulo C. Amaral, nesta exposição, o palimpsesto persiste, mas com outro objetivo: o de se reaproveitar camadas anteriores de uma pintura, por exemplo, sobre o qual se produz outra imagem, de linguagem semelhante ou totalmente diversa.

Segundo as artistas, “ao tornar a pintura anterior a base de preenchimento da tela, cria-se outro trabalho nem sempre planejado, mas, sobretudo, guiado pelo acaso”.

O resultado deste trabalho poderá ser conferido na Gravura Galeria de Arte, na rua Corte Real, 647 – com abertura no dia 9 de abril, quinta-feira, às 20h e com visitação até o dia 9 de maio, de segunda a sexta das 9h30 às 13h30.
Exposição “Palimpsexto”, de Iara Zippin e Tita Macedo
Local: Gravura Galeria de Arte – Rua Corte Real, 647 – bairro Petrópolis
Abertura: 09 de abril de 2015, às 20h
Visitação: até 09 de maio de 2015
Horário: de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30; sábados, das 9h30 às 13h30

Natal Arte 2014

Exposição coletiva Natal Arte, da Gravura Galeria,
vai até 31 de janeiro de 2015.

Já tradicional em Porto Alegre, a mostra de final de ano organizada pela Gravura Galeria oferece diversas opções para presentear com arte. Nesta edição, o Natal Arte ainda terá uma novidade: um setor de “queima de acervo”, com ofertas a partir de R$ 20,00. A exposição coletiva começa na próxima terça-feira, dia 2 de dezembro, e ficará em cartaz até 31 de janeiro de 2015.
O trabalho de 24 artistas estará em destaque: Alice Soares, Antonio Soriano, Breno Nora, Biba Mattos, Clara Pechansky, Clarissa Fabricio, Djalmira Rosa, Eduardo Vieira da Cunha, Erico Santos, Iara Zippin, Lilia Manfroi, Lorena Steiner, Margarida Stein, Maria Inês Rodrigues, Maria Luiza Cangeri, Marion Lunke, Roberto Umansky, Rodrigo Corrêa, Roseli Deon, Suzane Wonghon, Vânia Kwitko, Velcy Soutier, Vera Maria Becker e Victor Hugo Porto.
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Entre as obras, há serigrafias, esculturas, pinturas, aquarelas, gravuras e desenhos – todas com descontos especiais. Ou seja, uma ótima pedida de presente diferenciado para esse Natal e também como lembrança para aniversários, casamentos e formaturas.

Serviço
Exposição Coletiva Natal Arte – 24 artistas com obras em serigrafias, esculturas, pinturas, aquarelas, gravuras e desenhos
Abertura: 2 de dezembro de 2014, terça-feira, às 10h
Visitação: até 31 de janeiro de 2015, de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e sábados, das 9h30 às 13h30.
Endereço: Rua Corte Real , 647 | Petrópolis | Porto Alegre
Realização: Gravura Galeria de Arte
www.gravuragaleria.com.br | gravura@gravuragaleria.com.br

Fone: (51) 3333-1946

 

Homenagem Iberê Camargo – 100 anos

Seis Vidreiras

Gravura Galeria destaca esculturas de grupo de vidreiras

 

Iniciando no dia 9 de outubro, a mostra seis videiras reúne os trabalhos de Carmen Pietoso, Josephina Kern, Jaqueline Noleto, Maryl Rodrigues, Norma Felhberg e Olga Liberari, que criam esculturas em vidro utilizando diferentes técnicas, como fusing, lampwork, sopro, casting, entre outras. A mostra ficará em cartaz até 1º de novembro na Gravura.

Carmen Pietoso já participou de exposições na Casa de Cultura Mário Quintana, no Memorial do Ministério Público, na Casa de Cultura de Caxias do Sul e também em Buenos Aires.

Josephina Kern possui cursos em lampwork, sopro, fusing e casting. É professora estadual de desenho e, atualmente, ministra cursos de vidro em Porto Alegre.

Jaqueline Noleto é formada em Artes Visuais, fez cursos na Argentina, no Chile, na Itália, em Londres, e produz peças em fusing há 15 anos, técnica que também ensina em seu ateliê.

Maryl Rodrigues é graduada em Artes Visuais com extensão em Pesquisa Cerâmica pela UFRGS. Foi Presidente da Associação dos Ceramistas do Rio Grande do Sul e diretora do Núcleo de Gravura do Estado.

Norma Fehlberg é fundadora da associação brasileira dos artistas vidreiros, participando e organizando de todas as exposições promovidas pela entidade. Atualmente, cursa o último semestre de licenciatura em Artes visuais na Ulbra de Canoas (RS).

Olga Liberali é especialista em Arte Educação e foi professora da Faculdade de Artes Visuais e Desenho da Fundação Machado de Assis, em Santa Rosa (RS), onde mantém uma oficina de artes, trabalhando e ministrando cursos de mosaico, aquarela, desenho, papl machê e vitrofusão. Tem diversas interferências urbanas permanentes na cidade, tais como monumentos e murais em metal, mosaico e vidro.

 

 

Serviço

Exposição Seis Vidreiras, de Carmen Pietoso, Josephina Kern, Jaqueline Noleto,
Maryl Rodrigues, Norma Felhberg e Olga Liberari

Abertura: 9 de outubro de 2014, quinta-feira, às 19h

Visitação: até 1º de novembro de 2014, sábado

Horários: de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e sábados, das 9h30 às 13h30.

Realização: Gravura Galeria de Arte

Endereço: Rua Corte Real , 647 | Petrópolis | Porto Alegre

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Nara B. Sirotsky

Cores e formas em harmonia
Nara B. Sirotsky faz primeira exposição individual de suas pinturas e colagens na Gravura Galeria de Arte

A próxima exposição da Gravura Galeria destaca o trabalho de pinturas e colagens da artista plástica Nara B. Sirotsky. A mostra abre no dia 10 de setembro, quarta-feira, com vernissage para convidados, e fica em cartaz até 7 de outubro, de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e sábados, das 9h30 às 13h30.
Suas obras se caracterizam pelo uso de linhas e pela variedade da palheta de cores. Trabalhando sobre tela e papel, Nara não abre mão da colagem, seja como parte do suporte ou como elemento principal de sua pintura.
Natural de Passo Fundo, Nara reside e trabalha em Porto Alegre. Graduou-se em Psicologia, em 1976, na Pontifícia Universidade Católica – PUCRS, exercendo a profissão durante algum tempo.
O interesse pela arte sempre a acompanhou e, em 1998, começou a trabalhar com pintura em porcelana, fundando o MN Studio, em parceria com a psicóloga Moema Kunzler. Em 2002, estudou pintura com Vera Wildner e, nos dois anos seguintes, participou, na PUCRS, de cursos de Arte e História Contemporânea ministrados pelas professoras Tânia Bian e Claudia Musa Fay.
Em 2004, ingressou no Atelier Clara Pechansky, para estudar desenho e também pintura, onde segue aperfeiçoando seu trabalho sobre papel e tela. A exposição na Gravura Galeria é sua primeira mostra individual.
“Há anos convivo com a obra de Nara. Seus quadros sempre remeteram a Rauschenberg, Albers e Rothko, com cores muito altas e saturadas. No início eram linhas verticais, que aos poucos foram se tranquilizando, criando paisagens horizontais que convidam à contemplação. Nesta sua primeira mostra individual, Nara revela duas facetas: a colorista que consegue domar a cor e a colecionista que deixa a imaginação viajar pelos grandes mestres. Só que ela não se contenta com simplesmente citá-los: interfere nas colagens, utilizando materiais como pastel, grafite e acrílico, fazendo sua própria e muito peculiar releitura da história”, comenta Clara Pechansky.

Serviço
Exposição de Nara B. Sirotsky, pinturas e colagens
Abertura: 10 de setembro de 2014, quarta-feira, as 20h
Visitação: até 7 de outubro de 2014, de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e sábados, das 9h30 às 13h30.
Realização: Gravura Galeria de Arte
Endereço: Rua Corte Real , 647 | Petrópolis | Porto Alegre
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Rosana Spritzer

Uma exposição de arte com muita feminilidade,

cores e bom humor

Bonecas de cerâmica criadas por Rosana Spritzer

são a nova atração da Gravura Galeria

 

A partir de 14 de agosto, a Gravura Galeria será cenário da exposição “10 Anos de Força na Peruca”, que marca o trabalho de uma década de Rosana Spritzer com bonecas de cerâmica. Estarão em exibição 14 peças inéditas e únicas, produzidas pela artista especialmente para essa mostra.

Desde 2004, Rosana cria essas figuras femininas coloridas e divertidas, que têm no cabelo seu diferencial: feito de materiais inusitados, como sementes, chenille (tipo de tecido), palha de aço, palha de latão, entre outros. As bonecas representam mulheres de diferentes etnias, porém com inspiração bem brasileira, estabelecendo um painel multicultural.

Cabelos chamativos, seios fartos, bocas vermelhas, quadris largos e roupas estampadas caracterizam as figuras, cada uma elaborada de forma artesanal. O uso de elementos naturais transmite delicadeza, transformando feltros em pássaros, borboletas e acessórios, tudo remetendo ao universo feminino.

“Em suas bonecas, Rosana comunica, de maneira bem-humorada, a força da mulher e traça alguns elos mais sutis do universo mítico feminino. A temática feminina reforça o arquétipo da mulher brasileira que apresenta-se colorida, feminina, alegre e sensual, mas, ao mesmo tempo, batalhadora, determinada, disposta e instintiva”, comenta a arte-educadora Leocádia Costa.

Segundo Leocádia, o trabalho em cerâmica remete às expressões de povos que construíram a identidade do brasileiro, como os índios e os sertanejos. Mesmo no ambiente tecnológico das artes visuais contemporâneas, a cerâmica resiste na criação de artistas conceituados e populares.

“Manter a cerâmica no cenário atual significa preservar parte da nossa história. É retomar um pouco nossas origens mais básicas, nosso solo, nossas etnias e suas cores “, diz a arte-educadora.

O carisma irresistível das bonecas de Rosana Spritzer atravessou as fronteiras do Rio Grande do Sul e rendeu exposição televisiva nacional à artista gaúcha. Suas figuras femininas fizeram parte da decoração do ambiente residencial da personagem Thaís Araújo, na novela Cheia de Charme, exibida pela Rede Globo de abril a setembro de 2012.

Na abertura da exposição “10 Anos de Força na Peruca”, dia 14 de agosto, a partir das 19h, na Gravura Galeria, haverá uma apresentação de dança, criada especialmente para o evento pela bailarina e coreógrafa Andrea Spolaor. Os convidados também poderão degustar drinques exóticos preparados por Dudu das Caipiras. A mostra fica em cartaz até 6 de setembro, de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e sábados, das 9h30 às 13h30.

 

Serviço

Exposição “10 Anos de Força na Peruca”, bonecas em cerâmica de Rosana Spritzer

Abertura: 14 de agosto de 2014, quinta-feira, das 19h às 21h30.

Visitação: até 6 de setembro de 2014, de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e sábados, das 9h30 às 13h30.

Realização: Gravura Galeria de Arte

Rua Corte Real , 647 | Petrópolis | Porto Alegre

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Roberto Umansky

Gravura organiza eco exposição em homenagem póstuma a Roberto Umansky
Trabalho do artista plástico uruguaio naturalizado brasileiro tinha forte influência ecológica

Arquiteto, designer e artista plástico uruguaio, Roberto Umansky (1942-2011) naturalizou-se brasileiro, radicando-se em Porto Alegre, em 1971. Três anos antes, iniciou seus entalhes em madeira, criando peças com as quais propunha uma reflexão sobre a degradação do ambiente em nível global. Troncos de árvores queimadas ou cortadas e restos de madeiras tornavam-se matéria-prima reciclável e ganhavam formas vivas nas suas esculturas.
De 1991 a 1993, Umansky morou em Madri e participou de uma série de exposições em renomadas galerias espanholas, como Rafael Garcia, Espalter, Raquel Ponce, Esfinge e Dacal, sempre abordando o tema da ecologia. Realizou mais de 120 exposições no Brasil e no exterior, possui vários trabalhos publicados em jornais, livros e revistas, ganhou vários prêmios como artista plástico e possui obras de grande porte integradas à arquitetura.
A defesa da natureza levou Roberto Umansky a promover cursos e mesas redondas sobre o tema. Também fez com que se tornasse amigo do agrônomo, escritor, filósofo, paisagista, ecologista e ambientalista porto-alegrense José Lutzenberger, a quem, inclusive, homenageou em sua última exposição, também na Gravura Galeria, em 2002. Na ocasião, Umansky doou a obra intitulada “Lutz, o Cavaleiro da Floresta” para a Fundação Gaia, dirigida por Lara Lutzemberger, filha do ambientalista.
A nova mostra na Gravura Galeria inaugura no dia 17 de julho, às 19h, e é uma iniciativa em conjunto com os dois filhos de Roberto Umansky, Javier e Gabriel. A exposição ficará em cartaz até 9 de agosto e é constituída de 30 esculturas em madeira e bronze e de 30 painéis em madeira esculpida.

Serviço
Eco exposição em homenagem póstuma ao artista plástico Roberto Umansky
Abertura: 17 de julho de 2014, quinta-feira, das 19h às 21h.
Visitação: até 9 de agosto de 2014, de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e sábados, das 9h30 às 13h30.
Realização: Gravura Galeria de Arte
Rua Corte Real , 647 | Petrópolis | Porto Alegre
www.gravuragaleria.com.br | gravura@gravuragaleria.com.br
Fone: (51) 3333-1946

Torcendo pela Arte

Quando a cultura vence o jogo.
O Brasil é mais do que o país do futebol. É o país do futebol-arte, expressão criada por aqui para representar as jogadas mais plásticas, voltadas para o ataque e para o que de mais belo existe em campo: o gol. O futebol-arte, assim como a arte, tem um fim em si mesmo. Ao contrário do futebol de resultados, este substantivo composto não representa a busca por um troféu, procura apenas fazer o mais criativo e bonito para chegar à vitória.
A exposição da Gravura Galeria de Arte propõe uma inversão desta famosa expressão. Vamos mostrar uma arte-futebol, uma arte onde os novos e mais experientes talentos do nosso estado terão total liberdade para demonstrar sua opinião sobre a Copa do Mundo e, principalmente, mostrar o que a nossa torcida mais gosta de ver: ousadia e alegria em todas as formas de expressão.
Para isso, a Gravura convocou sua seleção de artistas. E os desafiou a representarem a nação do futebol. Cada um com a sua personalidade e as suas habilidades. E como cada um também tem um jeito muito próprio de torcer pela Seleção, este foi o nosso. Realizando uma exposição que une criatividade, talento, plasticidade, cor, energia e tudo o que o futebol brasileiro tem de mais bonito. Vamos torcer pela arte?

Torcendo pela Arte
Em sua nova exposição, a partir de 5 de junho, Gravura Galeria convida 19 artistas a se expressarem sobre a Copa do Mundo
Entrando no clima da Copa do Mundo, a Gravura Galeria promove, em sua nova exposição, que inaugura no dia 5 de junho, às 19h, uma mostra coletiva, reunindo o trabalho de 19 artistas sob o tema “Torcendo pela Arte”.
“Seleção” de artistas: Antonio Soriano, Biba Mattos, Corali Cardoso, Esther Bianco, Gilmar Fraga, Iara Zippin, Inês Benetti, Maria Luiza Cangeri, Marion Lunke, Moisés Bettim, Paulo Thumé, Rodrigo Correa, Rosamaria Feltrin, Rosane Theisen, Silvana Botter Maio Rocha, Simone Guardiola, Soraya Girotto, Suzane Wonghon e Vânia Kwitko
A coletiva “Torcendo pela Arte” ficará em cartaz até 11 de julho, de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e sábados, das 9h30 às 13h, na Rua Corte Real , 647, bairro Petrópolis. Como cada artista preparou duas obras, a exposição também estará acontecendo, simultaneamente, no Everest Porto Alegre Hotel (Rua Duque de Caxias, 1357 – Centro Histórico), a partir do dia 11 de junho, às 19h, visando aos turistas que vêm para a Copa.

Serviço
Exposição coletiva “Torcendo pela Arte”
Artistas participantes: Antonio Soriano, Biba Mattos, Corali Cardoso, Esther Bianco, Gilmar Fraga, Iara Zippin, Inês Benetti, Maria Luiza Cangeri, Marion Lunke, Moisés Bettim, Paulo Thumé, Rodrigo Correa, Rosamaria Feltrin, Rosane Theisen, Silvana Botter Maio Rocha, Simone Guardiola, Soraya Girotto, Suzane Wonghon e Vânia Kwitko
Abertura: 5 de junho de 2014, quinta-feira, às 19h
Visitação: até 11 de julho de 2014, de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e sábados, das 9h30 às 13h
Realização: Gravura Galeria de Arte
Rua Corte Real , 647 | Petrópolis | Porto Alegre – Fone:: (51) 3333-1946
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Fernando Cacciatore de Garcia

Fernando Cacciatore de Garcia mostra desenhos de suas viagens gravados em metal em exposição na Gravura Galeria de Arte

A exposição “Memórias de Viagem – Paisagens Gravadas”, do diplomata aposentado, historiador, poeta, colecionador de arte, desenhista e gravador Fernando Cacciatore de Garcia é a nova mostra da Gravura Galeria de Arte, que se inaugura no dia 7 de maio, às 19h. O artista apresenta 14 gravuras em metal (pontas-secas), incluindo as matrizes e as gravuras impressas, para melhor entendimento da técnica.
Garcia desde muito cedo cultivou interesse pelo desenho e por desenhistas. Embora sem formação específica, procurava imitá-los, desenhando em qualquer papel que lhe chegasse às mãos. A prática começou no colégio, continuou na faculdade e se manteve durante sua carreira profissional.
Seu artista preferido e fonte de inspiração externa era Dürer, desenhista, pintor e gravador do Renascimento alemão. Garcia admirava a capacidade de Dürer de criar volume e profundidade, com pequenos traços paralelos, e de retratar realisticamente paisagens.
Já a motivação interna de Fernando Cacciatore de Garcia era de se expressar. Mesmo em atividade como diplomata do Itamaraty, no início dos anos 1970, em Brasília, ele não deixou passar a oportunidade de se inscrever em um curso de gravura em metal, com o renomado gravador Rossini Perez. Seu objetivo era aprender a técnica da ponta-seca, para “imitar” Dürer.
O trabalho diplomático levou Garcia a um longo período de vivência no exterior, em vários países, de meados dos anos 1970 ao começo dos anos 2000. Acabou deixando de se dedicar à gravura, mas preservou o hábito de desenhar, em especial paisagens. Com isso, reuniu muitos desenhos.
Em 2005, voltou ao Brasil e à sua cidade natal, Porto Alegre, para onde solicitou remoção, indo trabalhar no escritório do Itamaraty no Rio Grande do Sul. Dois anos depois, Fernando Cacciatore de Garcia se aposentou voluntariamente como Ministro.
Para recuperar o tempo perdido no campo artístico, em 2008, inscreveu-se como aluno no ateliê da mestra-gravadora Eliane Santos Rocha. Disso resultou sua primeira exposição, em 2010, “Memória da Tortura”, na Galeria Mônica Filgueiras, de São Paulo.
Em seguida, começou a gravar as paisagens que desenhara pelo mundo. O realismo de seu trabalho mereceu elogios de quem tomava contato com seus trabalhos. Nas pontas-secas, Garcia conseguiu elaborar mais os desenhos, criando detalhes que não faziam parte das paisagens que desenhara.
Sobre sua exposição da Gravura Galeria de Arte, Fernando Cacciatore de Garcia, aos setenta anos, deu um depoimento muito pessoal: “juntei as pontas de minha vida, resgatando os desejos da alma sequiosa de criatividade de um guri de sete anos e de um rapaz de dezessete”. A mostra ficará em cartaz até 31 de maio de 2014.

Serviço
Exposição “Memórias de Viagem – Paisagens Gravadas”, gravuras em metal (pontas-secas) de Fernando Cacciatore de Garcia
Abertura: 7 de maio de 2014, quarta-feira, às 19h
Visitação: até 31 de maio de 2014, de segunda a sexta, das 9h30 às 18h30, e sábados, das 9h30 às 13h
Realização: Gravura Galeria de Arte
Rua Corte Real , 647 | Petrópolis | Porto Alegre
www.gravuragaleria.com.br | gravura@gravuragaleria.com.br
Fone:: (51) 3333-1946

FERNANDO CACCIATORE DE GARCIA

Pouco eu sabia até agora sobre a faceta artística de Fernando Cacciatore de Garcia, diplomata, ministro do Itamaraty, escritor, poeta e tradutor de nada menos do que o clássico francês “As Ligações Perigosas”, de Choderlos de Laclos. O trabalho do exímio gravador é obra da maior qualidade, tanto pela técnica quanto pelas razões e origens de sua produção. Trata-se de uma coleção de imagens a partir de desenhos que o artista colecionou em suas permanentes viagens pelo mundo. São retratos de uma vida, primeiramente apontados a lápis em pequenos cadernos que o viajante carregou consigo em décadas de deslocamentos. Eu vi estes cadernos. São um tesouro escondido, para não dizer mais. Registros de paisagens encerrando afeto pela natureza, pela arquitetura de pequenos e singelos lugarejos, e também pelos costumes. Mas são, antes, reflexões sobre valores estéticos muito caros a Fernando, os quais, depurados pelo olhar exigente do artista, permeiam de encantamento a alma do espectador. Para quem observa uma sua gravura chamada “Rio Li”, por exemplo, dificilmente ficará convencido de que ela não foi produzida por um oriental, porquanto este trabalho reflete insistente busca pela perfeição e requer o exercício de uma paciência legitimamente asiática para se plasmar naqueles poucos centímetros de papel o universo aberto da paisagem chinesa com água, terra e céu, minúsculas embarcações e árvores encravadas em montanhas gigantescas, quase assombrosas. Ela traz todos os elementos preponderantes na gravura chinesa dos quais sobressaem em feliz síntese o silêncio e a delicadeza da atmosfera. Mistérios. Fernando é minucioso em seus registros, reproduzindo a memória de um olhar sensivelmente exclusivo. Especializou-se na gravura em metal, utilizando a ponta seca, que é a sua mais acurada e complexa técnica. Teve a escola de Eliane Santos Rocha, reconhecida gravadora e mestre contemporânea. Há em cada um dos trabalhos do artista a força que requer esta manifestação da arte em pequenos formatos, sem a qual eles podem ser vistos, mas não delicadamente observados em toda a sua dimensão expressiva. Memórias de viagens. Este poderia simplificadamente ser o título desta exposição única, produzida no andar do tempo do escritor-artista. E digo simplificadamente com o temor de reduzir a um simples título o tamanho de uma obra completa, a densidade que dela se pode fruir com raro e completo deleite: composição, temática, técnica e beleza.
Paulo Amaral
Da Academia Brasileira de Belas Artes, RJ